sexta-feira, 29 de junho de 2018

PRECE DE CIPRIANA



“Senhor Jesus,
Permanente inspiração de nossos caminhos,
Abre-nos, por misericórdia,
Como sempre,
As portas excelsas
De tua providência incomensurável...

Doador da Vida,
Acorda-nos a consciência
Para semearmos ressurreição
Nos vales sombrios da morte;

Distribuidor do Sumo bem,
Ajuda-nos a combater o mal
Com as armas do Espírito;

Príncipe da Paz,
Não nos deixe indiferentes
À discórdia
Que vergasta o coração
De nossos companheiros sofredores;

Mestre da Sabedoria,
Afugenta para longe de nós
A sensação de cansaço
À frente dos serviços
Que devemos prestar
Aos nossos irmãos ignorantes;

Emissário do Amor Divino,
Não nos concedas paz
Enquanto não vencermos
Os monstros da guerra e do ódio,
Cooperando contigo,
Em Tua augusta obra terrestre;

Pastor da Luz Imortal,
Fortalece-nos,
Para que nunca nos intimidemos
Perante as angústias e desesperos das trevas;

Distribuidor da Riqueza Infinita,
Supre-nos as mãos
Com Teus recursos ilimitados,
Para que sejamos úteis
A todos os seres do caminho,
Que ainda se sentem minguados
De Teus dons imperecíveis;

Embaixador Angélico,
Não nos abandones ao desejo
De repousar indebitamente,
E converte-nos
Em Teus servidores humildes,
Onde estivermos;

Mensageiro da Boa Nova,
Não permitas
Que nossos ouvidos adormeçam
Ao coro dos soluços
Dos que clamam por socorro
Nos círculos do sofrimento;

Companheiro da Eternidade,
Abençoa-nos as responsabilidades e deveres;
Não nos relegues à imperfeição
De que ainda somos portadores!

Dá-nos, amado Jesus, o favor de servir-Te
E que o Supremo Senhor do Universo Te glorifique
Para sempre,
Assim seja!...”

 XAVIER, Francisco Cândido; ANDRÉ LUIZ (Espírito). No Mundo Maior. In: No Lar de Cipriana. 15ª ed. Rio de Janeiro: FEB (Federação Espírita Brasileira), p. 250-251.










sábado, 23 de junho de 2018

ORAÇÃO DE EUSÉBIO







“ Senhor da Vida,
Abençoa-nos o propósito
De penetrar o caminho da Luz!...

Somos Teus filhos,
Ainda escravos de círculos restritos,
Mas a sede do Infinito
Dilacera-nos os véus do ser.

Herdeiros da imortalidade,
Buscamos-Te as fontes eternas,
Esperando, confiantes, em Tua misericórdia.

De nós mesmos, Senhor, nada podemos.
Sem Ti, somos frondes decepadas
Que o fogo da experiência
Tortura ou transforma...

Unidos, no entanto, ao Teu Amor,
Somos continuadores gloriosos
De Tua Criação Interminável.

Somos alguns milhares
Neste campo terrestre;
E, antes de tudo,
Louvamos-Te a grandeza
Que não nos oprime a pequenez...

Dilata-nos a percepção diante da vida,
Abre-nos os olhos
Enevoados pelo sono da ilusão,
Para que divisemos Tua glória sem fim!...
Desperta-nos docemente o ouvido,
A fim de percebermos o cântico
De Tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes de sabedoria
Que os Teus mensageiros esparziram
No campo de nossas almas;
Fecunda-nos o solo interior,
Para que os divinos germens são pereçam.

Sabemos, Pai,
Que o suor do trabalho,
E a lágrima da redenção
Constituem adubo generoso
À floração de nossas sementeiras;
Todavia,
Sem Tua bênção,
O suor elanguesce
E a lágrima desespera...
Sem Tua mão compassiva,
Os vermes das paixões
E as tempestades de nossos vícios
Podem arruinar-nos a lavoura incipiente...

Acorda-nos, Senhor da Vida,
Para a luz das oportunidades presentes;
Para que os atritos da luta não as inutilizem,
Guia-nos os pés para o supremo bem;
Reveste-nos o coração
Com a Tua serenidade paternal,
Robustecendo-nos a resistência!
Poderoso Senhor,
Ampara-nos a fragilidade,
Corrige-nos os erros,
Esclarece-nos a ignorância,
Acolhe-nos em Teu amoroso regaço.

Cumpram-se, Pai Amado,
Os Teus desígnios soberanos,
Agora e sempre.
Assim seja.

XAVIER, Francisco Cândido; ANDRÉ LUIZ (Espírito).  No Mundo Maior. In Entre Dois Planos. 15ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1988, p. 21-22.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

CÂNTICO DE ZENÓBIA






“Ó Terra — mãe devotada,
A ti, nosso eterno preito
De gratidão, de respeito
Na vida espiritual!
Que o Pai de Graça Infinita
Te santifique a grandeza
E abençoe a natureza
Do teu seio maternal!

Quando errávamos aflitos,
No abismo de sombra densa,
Reformaste-nos a crença
No dia renovador.
Envolveste-nos, bondosa,
Nos teus fluidos de agasalho,
Reservaste-nos trabalho
Na divina lei do amor.

Suportaste-nos sem queixa
O menosprezo impensado,
No sublime apostolado
De terno e infinito bem.
Em resposta aos nossos crimes,
Abriste nosso futuro,
Desde as trevas do chão duro
Aos templos de luz do Além.

Em teus campos de trabalho,
No transcurso de mil vidas,
Saramos negras feridas,
Tivemos lições de escol.
Nas tuas correntes santas
De amor e renascimento,
Nosso escuro pensamento
Vestiu-se de claro sol.

Agradecemos-te a bênção
Da vida que nos emprestas;
Teus rios, tuas florestas,
Teus horizontes de anil,
Tuas árvores augustas,
Tuas cidades frementes,
Tuas flores inocentes
Do campo primaveril!...

Agradecemos-te as dores
Que, generosa, nos deste,
Para a jornada celeste
Na montanha de ascensão.
Pelas lágrimas pungentes,
Pelos pungentes espinhos,
Pelas pedras dos caminhos:
Nosso amor e gratidão!

Em troca dos sofrimentos,
Das ânsias, dos pesadelos,
Recebemos-te os desvelos
De mãe de crentes e incréus.
Sê bendita para sempre
Com tuas chagas e cruzes!
Ás aflições que produzes!
São alegrias nos céus.

Ó Terra — mãe devotada,
A ti, nosso eterno preito
De gratidão, de respeito,
Na vida espiritual!
Que o Pai de Graça Infinita
Te santifique a grandeza
E abençoe a natureza
Do teu seio maternal!”

XAVIER, Francisco Cândido; ANDRÉ LUIZ. Obreiros da Vida eterna. In: Ação de Graças. 26ª ed. RIO DE Janeiro: Federação Espírita Basileira, 2003, p. 302-303,

PRECE DE ADELAIDE





“-  A Ti, Senhor, nossos agradecimentos por esta hora de paz intraduzível e de infinita luz. Agora, que cessou a nossa oportunidade de trabalho nos círculos da carne, nós Te agradecemos os benefícios recolhidos, as aquisições realizadas, os serviços levados a efeito...Mais que nunca, reconhecemos hoje a Tua magnanimidade indefinível que nos utilizou o deficiente instrumento na concretização de sublimes desígnios! Vacilantes e frágeis, como as aves que mal ensaiam o primeiro voo longe do ninho, encontramo-nos aqui, venturosos e confiantes, ao pé dos Teus desvelados emissários que nos ampararam até ao fim!...Como agradecer-Te o tesouro inapreciável de bênçãos celestes? Teu carinho santificante seguiu-nos, passo a passo, em todos os minutos de permanência no vale das sombras e, não satisfeito, Teu inesgotável amor acompanha-nos, ainda, nesta retirada da velha Babilônia de nossas paixões amargurosas e milenárias.

- Nada fizemos por merecer-Te a assistência bendita. Nenhum mérito possuímos, além de boa vontade construtiva. Claudicamos, vezes sem número, dando pasto aos caprichos envenenados que nos obscureciam a consciência; falimos frequentemente, cedendo a sugestões menos dignas. Entretanto, Jesus Amado, converteste-nos o trabalho humilde em manancial de ventura que nos alimenta o coração, soerguido para as esferas mais altas. Desculpa-nos Mestre, a imperfeição de aprendizes, traço predominante de nossa personalidade libertada. Não possuímos nada de belo para oferecer-Te, ó Benfeitor Divino! senão o coração sincero e humilde, vazio agora das abençoadas preocupações  que o nutriam na Crosta da Terra...Recebe-o, Mestre, como demonstração de confiança de Teus discípulos pequeninos, e enche-o, de novo, com tuas sacrossantas determinações! Reconhecidos à Tua inesgotável misericórdia, agradecemos a ternura de tuas bênçãos, mas, se nos deste proteção e consolo não nos retires o trabalho e o ensejo de servir. Conduze-nos aos Teus “outros apriscos” e renova-nos, por compaixão, a bênção de sermos úteis em tua causa. Cheios de alegria, abençoamos o valioso suor que nos proporcionaste na esfera da carne purificadora, onde, ao influxo de Tua benignidade, retificamos velhos erros do coração...Bendizemos o caminho áspero que nos ensinou a descobrir Tuas dádivas ocultas, beijamos a cruz do sofrimento, do testemunho e da morte, de cujos braços nos foi possível contemplar a grandeza e a extensão de tuas bênçãos eternas!...
- Agora, Senhor, assinalando nossos agradecimentos aos Teus emissários que nos estenderam mãos amigas, nas últimas dificuldades da moléstia depuradora, deixa que te roguemos amoroso auxílio para todos aqueles, menos felizes que nós, que anda gemem e padecem nas sendas estreitas da incompreensão. Inspira os Teus discípulos iluminados para que Te representem o Espírito sublime, ao lado dos ignorantes, dos criminosos, dos desviados, dos perversos. Toca o sentimento de caridade fraternal dos teus continuadores fiéis para que continuem revelando o benefício e a luz de Tua lei. E, ao encerrar este ato de sincera gratidão, enviamos nosso pensamento de alegria e louvor a todos os companheiros de luta, nos mais diversos departamentos da vida planetária, convidando-nos, em Espírito, a glorificarem Teu nome, Teus desígnios e Tuas obras, para sempre. Assim seja!”

XAVIER, Francisco Cândido; André Luiz (Espírito). Obreiros da Vida Eterna, in Ação da Graças. 26ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2003, p. 299 – 301.