sexta-feira, 22 de junho de 2018

PRECE DE ADELAIDE





“-  A Ti, Senhor, nossos agradecimentos por esta hora de paz intraduzível e de infinita luz. Agora, que cessou a nossa oportunidade de trabalho nos círculos da carne, nós Te agradecemos os benefícios recolhidos, as aquisições realizadas, os serviços levados a efeito...Mais que nunca, reconhecemos hoje a Tua magnanimidade indefinível que nos utilizou o deficiente instrumento na concretização de sublimes desígnios! Vacilantes e frágeis, como as aves que mal ensaiam o primeiro voo longe do ninho, encontramo-nos aqui, venturosos e confiantes, ao pé dos Teus desvelados emissários que nos ampararam até ao fim!...Como agradecer-Te o tesouro inapreciável de bênçãos celestes? Teu carinho santificante seguiu-nos, passo a passo, em todos os minutos de permanência no vale das sombras e, não satisfeito, Teu inesgotável amor acompanha-nos, ainda, nesta retirada da velha Babilônia de nossas paixões amargurosas e milenárias.

- Nada fizemos por merecer-Te a assistência bendita. Nenhum mérito possuímos, além de boa vontade construtiva. Claudicamos, vezes sem número, dando pasto aos caprichos envenenados que nos obscureciam a consciência; falimos frequentemente, cedendo a sugestões menos dignas. Entretanto, Jesus Amado, converteste-nos o trabalho humilde em manancial de ventura que nos alimenta o coração, soerguido para as esferas mais altas. Desculpa-nos Mestre, a imperfeição de aprendizes, traço predominante de nossa personalidade libertada. Não possuímos nada de belo para oferecer-Te, ó Benfeitor Divino! senão o coração sincero e humilde, vazio agora das abençoadas preocupações  que o nutriam na Crosta da Terra...Recebe-o, Mestre, como demonstração de confiança de Teus discípulos pequeninos, e enche-o, de novo, com tuas sacrossantas determinações! Reconhecidos à Tua inesgotável misericórdia, agradecemos a ternura de tuas bênçãos, mas, se nos deste proteção e consolo não nos retires o trabalho e o ensejo de servir. Conduze-nos aos Teus “outros apriscos” e renova-nos, por compaixão, a bênção de sermos úteis em tua causa. Cheios de alegria, abençoamos o valioso suor que nos proporcionaste na esfera da carne purificadora, onde, ao influxo de Tua benignidade, retificamos velhos erros do coração...Bendizemos o caminho áspero que nos ensinou a descobrir Tuas dádivas ocultas, beijamos a cruz do sofrimento, do testemunho e da morte, de cujos braços nos foi possível contemplar a grandeza e a extensão de tuas bênçãos eternas!...
- Agora, Senhor, assinalando nossos agradecimentos aos Teus emissários que nos estenderam mãos amigas, nas últimas dificuldades da moléstia depuradora, deixa que te roguemos amoroso auxílio para todos aqueles, menos felizes que nós, que anda gemem e padecem nas sendas estreitas da incompreensão. Inspira os Teus discípulos iluminados para que Te representem o Espírito sublime, ao lado dos ignorantes, dos criminosos, dos desviados, dos perversos. Toca o sentimento de caridade fraternal dos teus continuadores fiéis para que continuem revelando o benefício e a luz de Tua lei. E, ao encerrar este ato de sincera gratidão, enviamos nosso pensamento de alegria e louvor a todos os companheiros de luta, nos mais diversos departamentos da vida planetária, convidando-nos, em Espírito, a glorificarem Teu nome, Teus desígnios e Tuas obras, para sempre. Assim seja!”

XAVIER, Francisco Cândido; André Luiz (Espírito). Obreiros da Vida Eterna, in Ação da Graças. 26ª ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2003, p. 299 – 301.

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