“Ó
Terra — mãe devotada,
A
ti, nosso eterno preito
De
gratidão, de respeito
Na
vida espiritual!
Que
o Pai de Graça Infinita
Te
santifique a grandeza
E
abençoe a natureza
Do
teu seio maternal!
Quando
errávamos aflitos,
No
abismo de sombra densa,
Reformaste-nos
a crença
No
dia renovador.
Envolveste-nos,
bondosa,
Nos
teus fluidos de agasalho,
Reservaste-nos
trabalho
Na
divina lei do amor.
Suportaste-nos
sem queixa
O
menosprezo impensado,
No
sublime apostolado
De
terno e infinito bem.
Em
resposta aos nossos crimes,
Abriste
nosso futuro,
Desde
as trevas do chão duro
Aos
templos de luz do Além.
Em
teus campos de trabalho,
No
transcurso de mil vidas,
Saramos
negras feridas,
Tivemos
lições de escol.
Nas
tuas correntes santas
De
amor e renascimento,
Nosso
escuro pensamento
Vestiu-se
de claro sol.
Agradecemos-te
a bênção
Da
vida que nos emprestas;
Teus
rios, tuas florestas,
Teus
horizontes de anil,
Tuas
árvores augustas,
Tuas
cidades frementes,
Tuas
flores inocentes
Do
campo primaveril!...
Agradecemos-te
as dores
Que,
generosa, nos deste,
Para
a jornada celeste
Na
montanha de ascensão.
Pelas
lágrimas pungentes,
Pelos
pungentes espinhos,
Pelas
pedras dos caminhos:
Nosso
amor e gratidão!
Em
troca dos sofrimentos,
Das
ânsias, dos pesadelos,
Recebemos-te
os desvelos
De
mãe de crentes e incréus.
Sê
bendita para sempre
Com
tuas chagas e cruzes!
Ás
aflições que produzes!
São
alegrias nos céus.
Ó
Terra — mãe devotada,
A
ti, nosso eterno preito
De
gratidão, de respeito,
Na
vida espiritual!
Que
o Pai de Graça Infinita
Te
santifique a grandeza
E
abençoe a natureza
Do
teu seio maternal!”
XAVIER, Francisco
Cândido; ANDRÉ LUIZ. Obreiros da Vida eterna. In: Ação de Graças. 26ª ed. RIO
DE Janeiro: Federação Espírita Basileira, 2003, p. 302-303,
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